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Não extrapolem as tendências do ano passado para a economia global

CAMBRIDGE – Economistas comportamentais popularizaram o termo “viés de recência” para descrever nossa tendência a ser desproporcionalmente influenciados pelos eventos mais recentes comparados aos anteriores. Será que esse fenômeno cognitivo poderia explicar por que vários analistas têm uma inclinação bastante otimista para a economia mundial em 2024? Ou será que há tendências realmente positivas se contrapondo aos desafios óbvios e crescentes ao crescimento global?

Um editorial recente do Financial Times refletiu o otimismo predominante, proclamando que “após a demonstração resiliente deste ano, há toda chance de que a realidade no próximo ano também seja melhor do que o esperado”. As tendências que apoiaram a resiliência inesperada da economia global em 2023 “também oferecem muitas razões para ser otimista em 2024”.

Esse clima otimista tem se espalhado para os mercados financeiros. Um número crescente de comentaristas previu que os mercados de ações terminarão o ano acima dos níveis já elevados de 2023, que foram impulsionados por uma notável disparada de fim de ano.

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