rodrik218_Robert GauthierLos Angeles Times via Getty Images_wageinequality Robert Gauthier/Los Angeles Times via Getty Images

Enfrentando nossos quatro maiores desafios econômicos

CAMBRIDGE – Outro ano tumultuado confirmou que a economia global se encontra num ponto de virada. Enfrentamos quatro grandes desafios: a transição climática, o problema dos bons empregos, uma crise de desenvolvimento econômico e a procura de uma forma de globalização mais nova e mais saudável. Para abordar cada uma deles, precisamos deixar para trás modos de pensamento pré-estabelecidos e procurar soluções criativas e viáveis, reconhecendo ao mesmo tempo que esses esforços serão necessariamente descoordenados e experimentais.

As alterações climáticas são o desafio mais assustador e o mais desdenhado por mais tempo – a um custo elevado. Se quisermos evitar a condenação da humanidade a um futuro distópico, precisamos agir rapidamente para descarbonizar a economia global. Há muito que sabemos que devemos nos afastar dos combustíveis fósseis, desenvolver alternativas verdes e reforçar as nossas defesas contra os duradouros danos ambientais que a inação passada tem causado. No entanto, tornou-se claro que pouco disso poderá ser conseguido através da cooperação global ou das políticas preferidas dos economistas.

Em vez disso, cada país avançará com as suas próprias agendas verdes, implementando políticas que melhor levem em conta suas específicas restrições políticas, como já têm feito Estados Unidos, China e União Europeia. O resultado será uma miscelânea de limites de emissões, incentivos fiscais, apoio à pesquisa e desenvolvimento e políticas industriais verdes com pouca coerência global e ocasionais custos para outros países. Por mais confuso que seja, um impulso descoordenado para a ação climática pode ser o melhor que conseguimos realisticamente esperar.

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